O Vaticano condenou mudanças de sexo e teoria de gênero nesta segunda-feira (8/4) através da declaração Dignitas infinita sobre a dignidade humana, que levou cinco anos para ser elaborada. O documento critica as práticas, chamando-as de “perigosíssimas” por cancelar as diferenças entre homens e mulheres – apenas quatro meses após apoiar a bênção para casais homoafetivos e cinco meses depois de autorizar o batismo de pessoas transgênero.

O escritório doutrinário do Vaticano (DDF) divulgou a nota Dignitas infinita justamente após a forte resistência conservadora – especialmente na África – contra a posição do papa Francisco sobre reconhecer a bênção a casais do mesmo sexo. Ainda assim, não há sugestão de que o texto tenha sido preparado em resposta direta às discussões sobre o tema, já que ele vem sendo elaborado há cinco anos – apesar de ter passado por revisões extensas durante o período.

Ainda que reforce que as discriminações contra homossexuais devam ser evitadas e denunciadas, a declaração também condena práticas como aborto, gestação por substituição (as “barrigas de aluguel”) e eutanásia.

O texto foi aprovado pelo papa Francisco após a solicitação de mencionar “a pobreza, a situação dos imigrantes, a violência contra as mulheres, o tráfico humano, a guerra e outros temas”, afirmou o chefe do DDF, cardeal Victor Manuel Fernández, em comunicado.

com informações do em