Israel está interceptando drones lançados pelo Irã e sirenes foram tocadas em Tel Aviv e em Jerusalém na madrugada do domingo (14), em horário local.

As interceptações aconteceram nas duas cidades, bem como em áreas de Beersheba, Mar Morto e Hebron, na Cisjordânia, bem como nas Colinas de Golã, na fronteira com a Síria.

“Continuamos a ver múltiplas interceptações nos céus acima de mim, vindas de múltiplas direções diferentes. É difícil dizer o que é um míssil se aproximando e o que é uma interceptação”, relatou Nic Robertson, enviado especial da CNN.

“Estou ouvindo múltiplas, múltiplas detonações, novamente o que parecem ser interceptações. Não estou ouvindo o som dos impactos”, continuou Robertson.

As fontes não especificaram como os EUA interceptaram os drones e onde.

A Jordânia também interceptou drones que voavam por seu território.

O Irã lançou mais de 100 drones contra o território israelense.

A retaliação do Irã já estava prevista pelas autoridades israelenses, após a República Islâmica acusar Israel de realizar um ataque contra uma representação diplomática do país na Síria, na semana passada, em meio à intensificação das tensões entre os dois países nos últimos meses.

“O malicioso regime sionista será punido”, disse o líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, em publicação nas redes sociais neste sábado.

“Quem nos ferir, também será ferido. Nos defenderemos contra qualquer ameaça e faremos isso com equilíbrio e determinação”, afirmou Netanyahu.

Após as forças armadas israelenses virem a público dizer que haviam identificado ataques iranianos, os Estados Unidos saíram em defesa do país aliado, frisando que o apoio americano a Israel é “inflexível”.

“Estaremos ao lado do povo de Israel e apoiaremos sua defesa contra as ameaças do Irã”, disse a Casa Branca em comunicado, afirmando ainda que o presidente Joe Biden se reuniria neste sábado com sua equipe de segurança nacional para tratar sobre o tema.

O gabinete de guerra do país, instaurado após a ofensiva do grupo radical islâmico palestino Hamas contra Israel em outubro de 2023, também se reúne neste momento, enquanto a tensão aumenta no Oriente Médio, com o Líbano também optando por fechar temporariamente seu espaço aéreo.

Adiantando-se a possíveis contra-ataques, o ministro da Defesa do Irã, Mohammad Reza Ashtiani, disse que a República Islâmica agiria contra países decidissem “abrir seu espaço aéreo ou território para ataques de Israel”, segundo informações da agência de notícias iraniana Mehr.

*Publicado por Douglas Porto, com informações da Reuters e da CNN Internacional
O espaço aéreo de Israel foi fechado temporariamente para pousos e decolagens, seguindo medida que já havia sido adotada neste sábado pela vizinha Jordânia, que disse estar pronta para interceptar ataques, ainda em meio aos temores de que a retaliação ocorresse.

Mais cedo, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que o país, “especialmente nas últimas semanas”, vinha se preparando para “ataques diretos” do Irã – de maneira geral, Israel costuma ser atacado por grupos radiciais islâmicos apoiados pelos iranianos, mas não pela República Islâmica em si.