Um levantamento feito pela Semesp,
entidade que representa mantenedoras de ensino superior do Brasil, mostrou que
para 82,2% dos egressos das universidades houve melhora para encontrar uma
colocação após a conclusão do ensino superior, enquanto 17,8% disseram que nada
mudou. Entre os que disseram ter havido melhora, 75,6% eram de cursos
presenciais e 24,4% do Ensino a Distância (EAD).
Segundo a 3ª Pesquisa de
Empregabilidade, 64,4% dos egressos que ainda não conseguiram o primeiro
emprego se formaram entre 2019 e 2021, perÃodo da pandemia de covid-19.
O levantamento foi feito em parceria
com a Symplicity entre os dias 02 de agosto a 12 de
outubro de 2021, com a participação facultativa de 3.086 egressos do
ensino superior, que responderam o questionário por e-mail, mÃdias sociais e
disponibilização na plataforma Symplic.
A pesquisa mostra que entre os que já
estavam formados há até três anos, 27,7% conseguiram o primeiro emprego ou um
novo emprego. Entre aqueles formados há mais de três anos esse percentual foi
de 38,9%. A pesquisa mostra ainda que para 17% dos formados em até três anos o
salário melhorou e 15,7% ingressaram em um curso de pós-graduação. Entre os
formados há mais de três anos esses percentuais são de 29,2% e 27,3%
respectivamente.
Segundo os dados, 49,6% daqueles que
se formaram na rede privada trabalham na sua área de formação e da rede pública
são 50,1%. Já 13,9% dos alunos da rede privada trabalham fora de sua área por
falta de oportunidade e outros 12,4% por opção. No caso da rede pública esses
percentuais são de 12,4% e 14,1%. Entre os alunos da rede privada, 39,1%
disseram estar desempregados há mais de um ano e 30,9% há até um ano. Os da
rede pública são 32,2% há mais de um ano e 28,9% há até um ano.
Entre os cursos com maior percentual
de pessoas que trabalham na área de atuação estão medicina (100%), engenharia
de computação (92,6%), ciência da computação (90,5%), farmácia (79,3%),
odontologia (78,9%) fisioterapia (64,4%), arquitetura e urbanismo (63,5%),
psicologia (61,1%), publicidade e propaganda (60,5%) e contabilidade (60,5%).
Já os cursos com maior percentual de
respondentes que trabalham em área diferente da de formação por falta de
oportunidade são o de relações internacionais (34,6%), engenharia ambiental
(27,8%), engenharia de produção (27,6%), engenharia quÃmica e gestão financeira
(ambos com 26,5%), matemática e engenharia mecânica (ambos com 26,1%), gestão
de pessoas (25,4%), serviço social (23,1%) e economia (22,2%).
O levantamento da Semesp mostrou
também que o percentual de empregados com carteira assinada passou de 58%
na segunda edição para 63,8% na terceira. O percentual de autônomos e
comissionados passou de 8,8% para 10,5% e o de funcionários públicos de 16,2%
para 10,2%.
Foram questionadas ainda
quais as dificuldades para entrar no mercado de trabalho e a maioria respondeu
que a falta de experiência é um dos principais fatores, já que o mercado é
muito exigente ao contratar um recém-formado, porque a maioria das vagas pedem
alguma experiência profissional na área ao mesmo tempo que oferecem baixa
remuneração. Foi citado ainda a falta de oportunidade, com a alta concorrência
e o baixo número de vagas oferecidas, além de as habilidades exigidas e a falta
de conhecimento nessas habilidades ter dificultado a obtenção da
vaga.
Fonte: Agencia Brasil
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