A última
atualização do Monitor de Secas aponta que na Paraíba as áreas sem
seca saltaram de 45,29% para 60,37% entre maio e junho, devido às chuvas do
último mês, que variaram entre 10 milimetros (mm) e 250 mm no estado. A
intensidade do fenômeno também diminuiu com o fim das áreas com seca moderada.
Esta é a melhor situação da Paraíba desde o início do Monitor em julho de 2014.
O Monitor
realiza o acompanhamento contínuo do grau de severidade das secas no Brasil com
base em indicadores de seca e nos impactos causados pelo fenômeno em curto e/ou
longo prazo. Os impactos de curto prazo são para déficits de precipitações
recentes até seis meses. Acima desse período, os impactos são de longo prazo.
Considerando
esta distribuição das chuvas, houve uma redução da intensidade da seca sobre
parte do Agreste (de moderada para fraca), além de uma pequena diminuição da
seca fraca na região do Cariri, onde o estado faz divisa com Pernambuco, bem
como no Sertão, na divisa com o Rio Grande do Norte. Desta maneira, agora há
presença somente de seca fraca no estado (no Agreste e em parte do setor leste
do Sertão), com impactos de longo prazo.
Chuvas
O mês de
junho faz parte do período chuvoso no leste do Nordeste. Também integra o
período seco em grande parte do centro-norte e oeste nordestino, assim como na
região Centro-Oeste. De acordo com a climatologia do último mês, os maiores
volumes de precipitação, com valores acima de 150 mm, ocorrem no noroeste do
Maranhão e no litoral leste do Nordeste. Volumes inferiores a 20mm são
esperados tanto para o interior da região Nordeste quanto para maior parte de
Minas Gerais, Goiás e Tocantins, além do Distrito Federal.
Em junho de
2020, precipitações com acumulados superiores a 150mm ocorreram no noroeste do
Maranhão e em grande parte do litoral leste nordestino. Já as menores
precipitações aconteceram no interior do Nordeste, bem como nos estados da
parte central do Brasil, o que resultou na caraterização do período seco nessas
áreas.
Quando
analisados os últimos meses, há um predomínio de chuvas acima da média no
Nordeste, o que vem contribuindo para uma contínua redução da severidade e das
áreas de seca na maior parte desta região, onde agora predominam condições que
variam desde sem seca relativa até seca fraca. Porém, devido à grande
variabilidade das chuvas, ainda há pequenas áreas de seca com intensidade
variando de moderada a grave. Toda a seca na região possui impactos somente de
longo prazo.
Estados
Com as chuvas de junho, o Monitor de Secas registrou uma redução
das áreas com o fenômeno em sete estados: Alagoas, Bahia, Paraíba, Pernambuco,
Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe. Por outro lado, houve o aumento das áreas
com o fenômeno em cinco estados: Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Minas Gerais
e Rio de Janeiro. Em Tocantins a área se manteve estável. No caso do Rio de
Janeiro, que entrou no Mapa do Monitor em junho, foi registrada seca pela
primeira vez no estado. Assim como aconteceu em maio, no mês passado todas as
15 unidades da Federação apresentaram partes de seus territórios sem registros
de seca.
Em cinco
estados houve a redução da gravidade das secas: Bahia, Minas Gerais, Paraíba,
Pernambuco e Sergipe. Em Alagoas, Ceará, Espírito Santo, Maranhão e Rio Grande
do Norte continuam existindo somente áreas com seca fraca. Em Tocantins, a
severidade do fenômeno permanece variando de fraca a grave em mudanças em
relação a maio. Já no Piauí aconteceu um leve aumento da área com seca
moderada, enquanto no Rio de Janeiro foi identificada uma porção com seca
fraca. Como é a primeira vez que DF e Goiás constam do acompanhamento, ainda
não é possível comparar a situação de ambos em relação a meses anteriores.
Fonte: portalcorreio