Que o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva constrói uma ampla frente de apoio à sua candidatura à Presidência não é nenhuma novidade.

O que está ficando cada vez mais evidente, entretanto, é que Lula não vai deixar de fazer escolhas ou participar de vários palanques nós estados.

Por exemplo, Lula anunciou que seu candidato a governador do Rio de Janeiro será o deputado federal do PSB, Marcelo Freixo, decisão que desagradou o prefeito do Rio, Eduardo Paes – um nome de enorme relevância política e eleitoral, prefeito da segunda maior cidade do país, – que anunciou em seguida apoio à candidatura de Ciro Gomes.

Em São Paulo não adiantou o candidato do PSB ao governo de São Paulo, Márcio França, fazer beicinho: Fernando Haddad será o candidato de Lula no estado e ponto final. Tão importante para Lula quanto se eleger presidente é vencer em São Paulo e encerrar quase três décadas de governos tucanos no estado.

O mesmo vai acontecer em vários estados da Federação e, claro, também na Paraíba. Se Lula escolhe um palanque como fez em um estado importante como o Rio de Janeiro, imagine se ele tomara um atitude diferente na Paraíba?

Foi o que o próprio Lula deixou claro em entrevista à Rádio Clube, de Pernambuco.

Eu vou dizer qual é nossa estratégia. A gente quer conversar com muita gente na Paraíba. E nós vamos ganhar as eleições na Paraíbapode ficar certo. Porque nós vamos fazer uma chapa duradoura e vencedora na Paraíba.

Se tem alguém que entende de ganhar eleições na Paraíba é Lula (e Ricardo Coutinho). E o “nós” a que Lula faz referência incluiu o seu partido, o PT, e evidentemente seus aliados no estado, sobretudo o MDB de Veneziano Vital do Rego, com quem o ex-presidente conversou por três vezes nos últimos meses.

Tem gente na imprensa paraibana que força a barra para agradar a João Azevedo e manter as ilusões na turma do Palácio da Redenção. Vejam o que fizeram circular nas redes sociais.

Enfim, quem consegue dar outra interpretação à fala de Lula, insinuando que o o ex-presidente, por exemplo, descartou “palanque único na Paraíba”, está bem perto de atingir o nível do desespero.

Compreensível. Isolado, João Azevedo perde a cada dia mais apoio, situação que tende a se agravar quanto mais o ano avança, a eleição se aproxima e a derrota irrevogável se mostra no horizonte.

 

Fonte: leiaflaviolucio