O Ministério do Meio Ambiente do Peru anunciou no sábado (22) uma declaração de emergência ambiental em uma área marinha costeira do país devido a um derramamento de óleo. A emergência deve durar 90 dias, e é uma consequência do tsunami que atingiu vários locais após a erupção de um vulcão próximo a Tonga, em 22 de janeiro.

Cerca de seis mil barris de petróleo foram derramados no oceano durante o descarregamento de um navio, atingido por fortes ondas, para a refinaria La Pampilla, propriedade da empresa espanhol Repsol. O óleo atingiu pelo menos dois quilômetros da costa central do Peru, incluindo algumas praias ao norte da capital, Quito.

Na segunda-feira (17), o ministro do Meio Ambiente, Ruben Ramirez, afirmou que o navio foi atingido por ondas geradas pela erupção de um vulcão em Tonga. O governo está supervisionando a limpeza da área, que deve terminar apenas no fim de fevereiro.

O governo já havia classificado o vazamento como um “desastre ecológico” na quarta-feira (19). Os promotores peruanos abriram uma investigação contra a unidade da Repsol devido ao incidente. A refinaria é a maior do Peru, abastecendo metade do mercado local de combustíveis.

Na nota, o ministério afirmou que a declaração busca “garantir a gestão sustentável dos territórios afetados, realizando as correspondentes obras de recuperação e remediação para mitigar a contaminação ambiental, a fim de proteger a saúde da população”.

A pasta afirma que um órgão governamental, a Agência de Avaliação e Fiscalização Ambiental (OEFA), verificou a presença de hidrocarbonetos no mar e na faixa de praias. O Serviço Nacional de Áreas Naturais Protegidas pelo Estado (Sernanp) determinou que o petróleo derramado está se movendo com a corrente, em direção ao norte, afetando áreas de pesca e a biodiversidade em ecossistemas de duas reservas.

O governo diz que “o derrame de petróleo bruto constitui um evento súbito com impacto significativo no ecossistema marinho costeiro de elevada diversidade biológica (fauna selvagem e recursos hidrobiológicos), e de elevado risco para a saúde pública”.

A resolução estabelece que a execução imediata e no curto prazo do plano de limpeza da região precisará ser feita pela empresa responsável e pelos entes públicos, seguindo suas competências, para articular a qualidade ambiental, a saúde e a institucionalidade nas áreas afetadas.

Fonte: CNN Brasil