Durante o ano de 2021, foram registrados 7 ataques a agências bancárias na Paraíba, conforme levantamento do Sindicato dos Bancários do estado. Este é o menor número desde 2011, quando a pesquisa começou a ser realizada, e representa um declínio que vem acontecendo desde 2016. Com relação a 2021, o total de casos teve uma redução de 58,8%.
Mapa da Violência do Sindicato dos Bancários da Paraíba
Números de crimes por ano vem caindo desde 2015
Número de crimes72726363129129116116132132105105818166662222171777Ataques a bancos201120122013201420152016201720182019202020210255075100125150
Fonte: Sindicato dos Bancários da Paraíba
A porcentagem de queda nos casos em 2021 foi superior ao declínio de 2020, que correspondeu a 22,7%. A redução, no entanto, não superou a de 2019, quando os números foram três vezes menores do que os registrados em 2018, representando uma diminuição de 66,6%.


Em 2011, quando o mapa foi realizado pela primeira vez, foram 72 ocorrências registradas em um ano. E esses números, com algumas oscilações, foram crescendo até chegar ao ápice em 2015, quando houve 132 crimes a bancos na Paraíba. De lá para cá, no entanto, os números começaram a cair: 105 em 2016, 81 em 2017, 66 em 2018 , 22 em 2019, 17 em 2020 e, por fim, 7 em 2021.




Tipos de ocorrência

Mapa da Violência do Sindicato dos Bancários da Paraíba
Veja os diferentes tipos de crimes ano a ano
Número de crimesExplosãoAssaltoArrombamentoTentativaSaidinha20112012201320142015201620172018201920202021020406080
Fonte: Sindicato dos Bancários da Paraíba

Dos 7 registros de ataques a agências bancárias em 2021, cinco foram explosões de caixas eletrônicos, o tipo de crime contra bancos que historicamente é o mais comum. Com relação a 2020, o número apresentou queda em mais de 50%.

Crimes de explosões a bancos na Paraíba
Índice apresentou declínio entre 2020 e 2021
Número de explosões38382929484853537676646459593535111111115520112012201320142015201620172018201920202021020406080
Fonte: Sindicato dos Bancários da Paraíba
Os registros de 2021 ainda incluem um arrombamento e um assalto. Não houve nenhuma tentativa, nem saidinha de banco. Já no ano anterior, diferente de 2021, houve duas tentativas e nenhum assalto registrado.

Polícia vê queda como resultado de ações integradas

Ao g1, a Polícia Militar da Paraíba cita ações integradas entre as polícias Militar, Civil e Federal como motivação para as significativas quedas nos casos de crimes contra agências bancárias, além da criação do Grupamento Especializado de Operações em Área de Caatinga (Geosac). A tropa foi criada há três anos para atuar em ocorrências de alta complexidade e que possui policiais capacitados para agir nesses tipos de crimes contra instituições bancárias.

"Especificamente sobre esses ataques a bancos, a Paraíba já vem em um processo de queda desde a articulação do Geosac e de ações em conjunto. As inteligências passaram a conversar mais, e o diálogo também se estendeu com as próprias empresas de segurança", disse o comandante-geral, coronel Euller Chaves.

O comandante cita resultados gerais da Polícia Militar da Paraíba em 2021, quando 2807 armas foram apreendidas, mais de 2 mil veículos roubados foram capturados e mais de 2 mil prisões estratégicas foram realizadas, que configuram ações de repressão qualificada e prevenção.


Avanços necessários na segurança

De acordo com o presidente do Sindicato dos Bancários da Paraíba, Lindhonjhonson Almeida, apesar da queda nos últimos anos em ataques a bancos na Paraíba, é importante avançar em alguns aspectos, especialmente com relação à segurança das agências do interior. Uma das reivindicações, segundo ele, são as portas eletrônicas com detector de metais.

“A gente cobra muito dos bancos a questão dos monitoramentos nas agências e seguranças nas portas. Muitas agências no interior não abrem com porta eletrônica, mas estamos melhorando”.

O presidente também afirma que o sindicato tem notado melhorias na segurança dos bancos, com aumento no monitoramento, e também na segurança pública, com a desarticulação de quadrilhas especializadas em ataques a agências.

“Houve mais cobrança com relação ao monitoramento e ao estado, mas a gente sabe que ainda está acontecendo”, afirmou.


Fonte: G1 PB