Após a polêmica sobre a vacinação de crianças com doses vencidas para adultos em Lucena, uma nova confusão relacionada à imunização infantil na Paraíba vem à tona nesta terça-feira (18). Em Itaporanga, no Sertão paraibano, uma suposta médica fez uma denúncia de que a fila estaria sendo furada.


A mulher, identificada como Cynthia Queiroz, disse que quando chegou a vez de seu filho se vacinar, foi informada que não havia mais imunizantes. No entanto, posteriormente, outra médica teria chegado ao local de vacinação e teria conseguido vacinar a sua filha. A criança seria sobrinha da secretária de Saúde do município, Adirliany Soares.

Indignada com a situação, ela derrubou cadeiras e promoveu um ‘quebra-quebra’ no posto de vacinação. A Polícia Militar foi acionada. De acordo com a secretária de Saúde do município, Adirliany Soares, a mulher foi detida e estaria na delegacia do município.

“Itaporanga é isso aqui. Estão com raiva porque eu derrubei tudo porque Itaporanga é assim: disseram que para o meu filho não tinha vacina, mas tinha para o filha de doutora Emanuela […] ela chegou aqui sem ficha e foi atendida”, disse em vídeo que ela mesmo publicou nas redes sociais.





Em outro vídeo encaminhado à redação do PB Agora, um cidadão denuncia um suposto “arrumadinho”, no qual apenas algumas pessoas estariam recebendo ficha para a vacinação.


O outro lado

Em contato com a reportagem do PB Agora, a secretária de Saúde do município, Adirliany Soares, negou que tenha ocorrido qualquer caso de ‘fura-fila’ em Itaporanga. Ela disse que os servidores da Saúde que estavam no local foram agredidos de maneira despropositada e que a denunciante estaria detida só podendo ser liberada após pagamento de fiança.

“Ela chegou e não havia mais fichas, então agrediu os profissionais de saúde. Não há nenhum tipo de favorecimento. As fichas são por ordem de chegada. A criança estava na fila embaixo da tenda como todas as outras”, garantiu.

Ela disse, ainda, que em breve um vídeo de esclarecimento será emitido pela gestão de Itaporanga.



Fonte: PB Agora