O deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) afirmou, nesta segunda-feira (19/7), que acionará o Supremo Tribunal Federal (STF) para ter acesso ao inteiro teor do depoimento dado pelo irmão dele, o servidor do Ministério da Saúde Luis Ricardo Miranda, para a Polícia Federal (PF).

Segundo o parlamentar, a oitiva do irmão ocorreu sem a presença de escrivão, não foi gravada e nenhum deles teve acesso ao documento final. A alegação apresentada pela PF é de que o procedimento teria ocorrido dessa forma para que o relatório fosse encaminhado ao Supremo de forma sigilosa e, com isso, evitasse o vazamento seletivo do inquérito.

Miranda confirmou a informação dada pela pela jornalista Bela Megale, de O Globo, de que seu irmão, Luis Ricardo, trocou o aparelho celular e que, por isso, não teria apresentado as conversas com dirigentes da pasta sobre a pressão que alegou ter sofrido para a compra da Covaxin.

O parlamentar disse, no entanto, que o irmão tem todos os documentos, imagens, prints e PDFs compartilhados e que chegou a entregar essas provas à CPI da. Covid-19.

“Meu irmão não tem mais o aparelho, mas ele tem todos os arquivos, todos os PDFs que estavam arquivados, todas as imagens, os prints, sabe qual foi o número que mandou mensagem pra ele, sabe de onde veio, de qual aparelho veio, sabe qual que é o aparelho que foi processado. Hoje em dia a perícia recupera até as conversas deletadas, aparelho formatado, apagado, então tudo isso aí é possível ser resolvido”, disse.

Por ser congressista, Miranda teve a prerrogativa de marcar a data, hora e o local do depoimento que deve ocorrer na tarde de terça-feira (19/7) para os delegados responsáveis.

“Vou ter que reiterar agora ao STF para que me explique qual é a lógica dessa investigação, porque eu não tenho problema que tudo seja exposto, não tenho problema para que meu depoimento seja gravado e exposto. Não tenho intenção de esconder nada. Agora alguém parece achar interessante essa metodologia de ocultar o que aconteceu, mas solta as partes que interessam de forma errada, porque não reflete a verdade. É um parágrafo dentro de um contexto que dá um entendimento que não é o verdadeiro”.

Fonte: metropoles