A perícia feita no celular de Raí de Souza, um dos presos acusados de cometer um estupro coletivo em uma menina de 16 anos, revelou que havia quatro homens na cena do crime — e não três, como suspeitava a Polícia Civil do Rio. O laudo aponta para quatro vozes masculinas no local, conforme mostrou o RJTV desta terça-feira (7).


A perícia foi realizada no vídeo que foi divulgado em redes sociais, o primeiro. Depois, novas imagens foram descobertas e confirmaram que a adolescente foi violentada, exibido em primeira mão pelo Fantástico. Ainda de acordo com o laudo, o aparelho celular passou na mão de duas pessoas que estavam na cena do crime.
Segundo a polícia, a suspeita é de que estivessem no local: Raí de Souza (já preso), Raphael Duarte Bello (já preso) e Jefinho (foragido). O quarto homem pode ser o traficante Moisés Lucena, conhecido como Canário, já que ele foi reconhecido pela jovem.
Atualmente preso no Complexo Penitenciário de Gericinó, na Zona Oeste, Raí disse inicialmente para a polícia que tinha destruído seu celular onde foi gravado o vídeo da menor estuprada nua, sendo tocada por um homem, com vozes de outros suspeitos ao fundo. Com a recuperação do aparelho, na sexta-feira (3), os agentes descobriram um segundo vídeo do estupro coletivo, durante o qual a menor tenta inclusive resistir às agressões.
Os investigadores chegaram ao aparelho ao descobrirem que um dos amigos de Raí tinha uma foto com o jogador de futebol Lucas Perdomo, solto na sexta-feira por falta de provas, e Raí, com as mesmas roupas com as quais ambos foram presos no último dia 30 de maio.
No áudio do vídeo, Raí e Raphael insinuam que mais de 30 homens participaram do crime. A polícia acredita que este número possa não ser real. Os 30 seriam uma referência a um funk famoso na região, de MC Smith.
Suspeitos presos
Raí e Raphael estão presos no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu. Ao todo, cinco suspeitos estão foragidos.
“Eles vão responder pelos dois crimes. Pelo estupro e pela produção e divulgação de imagem de criança e adolescente. Que seja uma pena exemplar para mostrar para a comunidade que existe lei e que a lei quem faz é o Estado”, contou Cristiana Bento.

Fonte : G1