Para poder cumprir seu desejo e evitar a agonia que os médicos haviam antecipado, Maynard teve de viajar para o Estado do Oregon, onde o suicídio assistido é permitido.
A jovem virou a face mais visível do movimento a favor de morte digna nos Estados Unidos, defendendo a eutanásia ativa na Califórnia e no resto do país juntamente com a organização Compassion & Choice.
Na segunda-feira, a luta de Maynard - encampada por seu marido e sua mãe após a morte dela, em novembro de 2014 - deu frutos: o governador da Califórnia, Jerry Brown, assinou uma lei que transforma o Estado no 5º dos EUA a legalizar o suicídio assistido.
'Gratidão'
Antes de sua morte, no início de novembro, Maynard havia relatado o calvário da mudança para o Oregon, longe dos médicos que a acompanhavam e de seus familiares.
A jovem pediu ao marido e à mãe que continuassem a luta pela morte digna de pacientes terminais.
"Sou grata ao governador. Ele acabou chegando à mesma conclusão de Brittany: que apenas ela podia tomar essa decisão (de colocar um fim a sua vida)", disse Dan Díaz, marido de Maynard, em uma entrevista à revista People.
A mãe da jovem, Debbie Ziegler, disse que ficou "muito emocionada" quando soube que Brown havia assinado a lei.
A Califórnia se uniu a outros Estados que autorizam o procedimento: Oregon, Washington, Montana e Vermont.
A lei afirma que dois médicos devem aprovar e prescrever os medicamentos que levam à morte.
Os próprios pacientes devem ser capazes de ingerir as drogas.
O pedido de eutanásia deve ser feito pelo paciente, por escrito, com duas testemunhas - uma delas não pode ser parente do paciente.
Fonte : cenariomt